SPUTNIK
O DESPERTAR DO URSO
As maiores conquistas das Forças Armadas russas em 2017
O ano de 2017 foi marcado por vitórias dos militares russos na Síria e pelas vitórias das armas do país no mercado externo. A Rússia mostrou seu estatuto de potência mundial ao exibir seu poderio no Oriente Médio. Sputnik lhe apresenta a lista das principais conquistas do país no domínio militar.
O fim da ofensiva aérea russa na Síria, e a vitória sobre o Daesh
© Ministério da Defesa da Rússia
A operação da Força Aeroespacial russa contra os jihadistas do Daesh, organização terrorista proibida na Rússia, que foi lançada em 30 de setembro de 2015 a pedido do presidente sírio, Bashar Assad, durou mais de dois anos e agora chegou ao fim.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a retirada da maior parte do contingente russo durante a sua visita à base aérea de Hmeymim em 11 de dezembro.

O Daesh na Síria está derrotado, anunciaram os representantes do Estado-Maior russo. Só nos últimos 7 meses, mais de 32.000 radicais e 394 tanques e veículos blindados foram destruídos, de acordo com dados do Ministério da Defesa.
A libertação do país foi realizada pelas tropas governamentais, com o apoio da aviação, dos conselheiros militares e das Forças Especiais da Rússia. A liberação das cidades de Aleppo, Palmira e Deir ez-Zor marcaram os principais êxitos da campanha militar russa.
Após a retirada da maior parte do contingente russo, continuarão funcionando duas bases militares da Rússia na Síria: a base aérea de Hmeymim e a base naval de Tartus, que será ampliada.
Progressos no mercado de armamento
A campanha militar na Síria gerou muito interesse pelas armas russas no Oriente Médio. Em particular, em 2017 a Rússia acordou o fornecimento de helicópteros navais para o Egito.
Os veículos blindados russos também têm uma alta popularidade neste mercado. Em 2017, começou a execução do contrato para fornecimento de 73 tanques T-90 para o Iraque.

Além disso, um país do norte de África – o nome exato permanece como informação classificada – adquiriu sistemas de mísseis Iskander, o que o tornou o segundo comprador desses sistemas depois da Armênia.
Moscou também assinou um acordo intergovernamental de cooperação técnico-militar com o Qatar.

Entre outras coisas, o ano de 2017 se destacou pela entrada de Moscou em novos mercados. O país assinou um contrato militar com as Filipinas, o único país do Sudeste Asiático, além de Brunei, que nunca tinha usado armas fabricadas na URSS ou na Rússia.
O triunfo internacional
dos S-400
Este ano, a Rússia conseguiu assinar contratos de fornecimento de sistemas de defesa antiaérea S-400 Triumph com a Turquia e Arábia Saudita, países que tradicionalmente são considerados aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Além disso, Moscou e Riad acordaram a venda de sistemas de mísseis antitanque Kornet EM, sistemas de lança-chamas pesados TOS-1A Buratino, lançadores de granadas AGS-30 e fuzis automáticos Kalashnikov AK-103.


O contrato para fornecimento de S-400 já provocou críticas dos aliados de Ancara na OTAN. Os responsáveis militares dos Estados Unidos asseguraram que os sistemas russos são incompatíveis com a defesa antiaérea da Aliança.

Está previsto que a Turquia receba o primeiro lote em 2019.
Países como Bahrein e Qatar também se mostraram interessados na aquisição de sistemas de defesa antiaérea S-400.
Lançamento de um míssil do sistema S-400
Os exercícios Zapad 2017

Em setembro deste ano, a Rússia e a Bielorrússia realizaram as manobras conjuntas Zapad 2017, que contaram com a participação de 12.700 militares. Os exercícios tiveram lugar em bases em território bielorrusso e da Rússia.

As manobras foram acompanhadas pela "guerra midiática" dos países da OTAN. Os representantes do bloco afirmaram que os exercícios estavam servindo como uma plataforma para a "ocupação" da Letônia, Polônia e Ucrânia.

Além disso, a Aliança acusou a Rússia de supostamente ter planos para implantar de forma permanente as tropas que participavam dos exercícios no território da Bielorrússia.
De acordo com o representante permanente de Moscou na OTAN, a histeria tinha como objetivo justificar a necessidade de estacionar forças adicionais da Aliança nos países bálticos e na Polônia.
O avanço no mar
No fim de novembro, teve lugar a cerimônia de hasteamento de bandeira no quebra-gelos diesel-elétrico de nova geração Ilya Muromets, do projeto 21180, que foi construído para a Marinha da Rússia.
A construção do quebra-gelo começou em 23 de abril de 2015 e ele foi lançado à água em junho de 2016. O objetivo do navio é abrir caminho para outras embarcações através do gelo, realizar trabalhos hidrográficos e de investigação e socorrer navios e submarinos em perigo.
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Fotos, vídeo: Sputnik, YouTube (Ministério da Defesa da Federação da Rússia, MADDOCTOR)
Texto: Sputnik
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